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Arquitetos: OPENBOOK Architecture
- Área: 6800 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:José Campos
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Fabricantes: DuPont, CIN, DELABIE, Knauf, Luxaflex, Luxalon, POLYREY, Primus Vitória, Recer, Senda, Tarkett, VMZINC, Valadares, Vescom
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto arquitetónico do Hospital da Luz - Vila Real teve por objetivo a reabilitação e adaptação de um edifício existente no Centro Histórico da cidade de Vila Real, a uma Unidade Hospitalar. O imóvel encontra-se em zona de Proteção da Sé de Vila Real e do Alto Douro Vinhateiro, e inserido na área de intervenção regida pelo Plano de Pormenor do Centro Histórico de Vila Real. Como ponto de partida, a imagem do edifício principal (zona da avenida principal) foi respeitada, propondo-se a reabilitação e beneficiação de todos elementos que se previam manter.
Importa referir que o imóvel existente apresentava um desenho muito simples ao nível de volumetria e elementos caracterizadores de fachada. Elementos como as molduras de vãos, as caixilharias, as guardas de varandas, o desenho de beirado ou a ausência de cunhais, todos eles apresentavam um desenho muito simplista, sem qualquer reforço ou valorização dos elementos principais, características que se observam em outras edificações mais nobres do referido contexto.
A acrescentar, foi proposta a demolição de todo o interior do edifício e volumes existentes a tardoz, mantendo-se apenas a fachada principal e as duas fachadas laterais adjacentes do edifício principal, voltadas para a Sé e para o largo Conde d’Amarante. Para a zona tardoz da edificação, foi igualmente proposta a demolição de toda a edificação existente e a construção de uma nova volumetria com desenho de alçado e de volumes que se traduzem numa interpretação e estilização do edificado existente.
Importa também referir que o jogo dos referidos volumes minimiza o impacto da ampliação proposta. Os novos volumes são revestidos a pedra idêntica à existente (granito amarelo), com uma estereotomia que se relaciona com a métrica dos vãos e restantes elementos caracterizadores das fachadas. A métrica da estereotomia atribui escala humana à edificação conferindo maior proximidade à respetiva vivência e relação com o utente e utilizador do espaço urbano.